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domingo, 19 de dezembro de 2010

A mentalidade moderna...

Em quase todos os debates sobre o cristianismo, quer na TV, colóquios ou mesmo em reunião de amigos, há sempre quem lamente que o catolicismo e a maioria das confissões cristãs, carecem de se modernizarem.
A sociedade já não é a mesma - asseveram, - tudo evolui: conceitos, comportamentos, modos de vida, e até a educação e o ensino; só a Igreja permanece estática, isolada numa torre de marfim, bela, sem dúvida, mas obsoleta.
A verdade que defende podia ser válidas há dois mil anos, mas não agora! - E, deste jeito, rematam os católicos de estatística com ênfase própria dos ignorantes.
Esquecem que o cristianismo sempre foi “loucura” e “escândalo”.Era loucura para os pagãos e escândalo para os judeus.
São Paulo, na Epistola aos Romanos (12:2) lembra aos fiéis, para não se conformarem com as modas de então.
Jesus também foi motivo de escândalo. Era “filho” de carpinteiro e de Mulher pertencente a família humilde (Mt13:55). A doutrina que pregava parecia contradizer leis moisaicas (Mc10:4). Proibia o divórcio:” O que Deus uniu não separe o homem” (Mt19:6). Recomendava não lutar pelos bens terrenos (Lc6:29,30). Não entesourar (Lc12:20,21), porque o pão de cada dia, bastava (Mt6:11).
O martírio da cruz foi também escândalo (1Co.1:18). Não era Ele Filho do Altíssimo e nascido para reinar?! (Mt16:16,17).
Os discípulos também se escandalizaram com o Mestre. (Jo6:67)
Os algozes que O supliciaram e O levaram ao Calvário, assim como o povo que O tinha aplaudido, também se escandalizaram (Mc15:32) “Desce da cruz, para que vejamos e creiamos”.
O cristianismo, através dos séculos, tem sido a religião do “escândalo”.Os eremitas, os santos do primeiro século, os justos que morreram no Coliseu, foram “loucuras” extremas para a época.
Normal, seria a exemplo de Pedro, usar a espada, como fez ao cortar a orelha a Malco (Jo18:10). Normal, seria revoltarem-se como Espártaco. Subjugar, pela força, como Maomé, e não oferecer a outra face. (Mt5:39)
Mas Jesus se era Homem, também era Deus: reagia como homem, mas pensava como Deus.
A doutrina não era para agradar aos homens, mas a que o Pai queria.
Sendo Rei dos reis, comportava-se como profeta. Vivia em simplicidade; não entesourava; não vivia em palácios nem cobrava pelos “serviços”, e recomendava aos discípulos: “Dai de graça o que de graça recebeste”. (Mt10:8)
Não admira, para nós, homens do século XXI, que a Sua doutrina e Sua Igreja, sejam “loucuras” e “escândalos”.
A Igreja não é obsoleta, mas apenas fiel à doutrina. Adaptar-se à mentalidade moderna, era servir os homens e não a Deus. Considerar o Evangelho antiquado, que a Lei de Deus é mutável, consoante as épocas e interesses de ocasião, era heresia e até blasfémia. (2º Co4:2)
Ao longo da História o cristianismo viveu de crise em crise. Cada século tentou adapta-lo à sua época,”modernizá-lo”; mas a Igreja soube, mesmo nas piores controvérsias, defender-Se dos hereges e erros de conhecidos filósofos e teólogos, porque é divina e segue a Sagrada Escritura como manual de instrução, para A conduzir pelos caminhos da Verdade.

Humberto Pinho da Silva
Publicado no Recanto das Letras em 08/07/2010
Código do texto: T2365665

Afinal, o que é pornografia mesmo?

Por Augustus Nicodemus Lopes
Afinal, o que é pornografia mesmo? Alguém já disse que é mais fácil reconhecer a pornografia do que definí-la. Os dicionários nos dizem que pornografia é o caráter imoral ou obsceno de uma publicação. Material pornográfico é aquele que descreve ou retrata atos ou episódios obscenos ou imorais. Essas definições não ajudam muito, pois conceitos como "obscenos" e "imorais" são bastante subjetivos no mundo de hoje. Classificar material pornográfico em "soft" (nudez e sexo implícito) e "hardcore" (sexo explícito contendo cenas de degradação, violência e aberrações) só ajuda didaticamente. Para muitos, Playboy é uma revista pornográfica. Para outros, não. Entretanto, da perspectiva da ética bíblica, definição acima é mais que suficiente.

A popularidade da pornografia.

É exatamente pela complexidade do assunto, agravado pela omissão de boa parte das igrejas no Brasil, que muitos evangélicos estão confusos quanto ao mesmo, e não poucos são viciados em alguma forma de pornografia. Aqui estão as minhas razões para essa constatação:

1) A tremenda popularidade da pornografia no mundo de hoje. Uma estatística de 1995 revelou que os americanos gastam mais em pornografia do que em Coca-Cola. Não é difícil de imaginar que a situação no Brasil não seria muito diferente. Até países antigamente fechados, como a China, em 1993 assistiu a uma enxurrada de material pornográfico em seus limites, após ter aberto, mesmo que um pouco, as suas fronteiras para receber ajuda estrangeira. Mensalmente, cerca de 8 milhões de cópias de revistas pornográficas circulam no Brasil. Em 1994 a venda de vídeos pornôs chegou perto de 500 milhões de dólares. Não é de se admirar que as locadoras reservam cada vez mais espaço nas prateleiras para vídeos pornôs. Segundo uma pesquisa, em 1992, 1 a cada 4 brasileiros assistiu a um filme de sexo explícito. O mesmo fizeram 13% das mulheres entrevistadas. Em 1995 esse número dobrou para os homens e aumentou um pouco em relação às mulheres.

2) A imensa facilidade para se conseguir material pornográfico no mundo de hoje. Como na maioria dos demais países "civilizados" (uma conhecida exceção é o Irã) material pornográfico pode ser encontrado e consumido facilmente no Brasil em diversas formas: cinema, canais abertos de televisão, televisão a cabo e no sistema "pay-per-view", Internet, fitas de vídeo, CD-ROMs com material pornográfico, gravuras, exposições de arte erótica, livros, revistas e vídeo games, entre outros. Parece não haver fim à criatividade do homem em utilizar-se dos avanços tecnológicos para a difusão da pornografia. Como disse o escritor francês Restif de la Bretone no século 18, "La dépravation suit le progrès des lumières" ("A depravação segue o progresso das luzes").

O que tem de mais em ver pornografia?

Muito embora os evangélicos em geral sejam contra a pornografia (alguns apenas instintivamente) nem todos estão conscientes do perigo que ela representa. Menciono alguns deles em seguida:

1) Consumir deliberadamente material pornográfico é violar todos os princípios bíblicos estabelecidos por Deus para proteger a família, a pureza e os valores morais. A própria palavra "pornografia" nos aponta essa realidade. Ela vem da palavra grega pornéia, que juntamente com mais outras 3 palavras (pornos, pornê e pornéuo) são usadas no Novo Testamento para a prática de relações sexuais ilícitas, imoralidade ou impureza sexual em geral. Freqüentemente essas palavras de raiz porn- aparecem em contextos ou associadas com outras palavras que especificam mais exatamente o tipo de impureza a que se referem: adultério, incesto, prostituição, fornicação, homossexualismo e lesbianismo. O Novo Testamento claramente condena a pornéia: ela é fruto da carne, procede do coração corrupto do homem, é uma ameaça à pureza sexual e devemos fugir dela, pois os que a praticam não herdarão o reino de Deus. A pornografia explora exatamente essas coisas — adultério, prostituição, homossexualismo, sadomasoquismo, masturbação, sexo oral, penetrações com objetos e — pior de tudo — pornografia infantil, envolvendo crianças de até 4 anos de idade.

2) Consumir deliberadamente material pornográfico é contribuir para uma das indústrias mais florescentes do mundo e que, não poucas vezes, é controlada pelo crime organizado. Segundo um relatório oficial em 1986, a indústria pornográfica nos Estados Unidos é a terceira maior fonte de renda para o crime organizado, depois do jogo e das drogas, movimentando de 8 a 10 bilhões de dólares por ano. Acredito que o quadro é ainda pior hoje. A indústria da pornografia apoia e promove a indústria da prostituição e da exploração infantil. O dinheiro que pais de família gastam com pornografia deveria ir para o sustento de sua família. Alguns podem alegar que consomem apenas material soft contendo somente cenas de nudez — esquecendo que esse material é produzido pela mesma indústria ilegal que produz e distribui a pornografia infantil.

 Pornografia e a escalada da violência
Não são poucos os relatórios feitos por comissões de pesquisadores que denunciam a estreita relação entre a pornografia e a crescente onda de estupros, assédio sexual e exploração infantil nos países "civilizados". Vários dos temas mais comuns em pornografia do tipo hardcore incluem cenas de seqüestro e estupro de mulheres, geralmente com espancamento e tortura, além de outras formas obscenas de degradação. A mensagem que a pornografia passa aos consumidores é que quando a mulher diz "não" na verdade está dizendo "sim", e que se o estuprador insistir, ela não somente aceitará como também passará a gostar. Assim, a violência contra a mulher é exposta como algo válido e normal. A mulher é vista como objeto sexual a ser usado ao bel-prazer dos homens.

Uma outra forma de hardcore é a pornografia infantil. Esse material exibe cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes. Em alguns casos, crianças aparecem assistindo a cenas de sexo oral por adultos, Noutras, são violentadas e estupradas por adultos. Noutras, fazem sexo entre si. Esse material ilegal, mórbido, desumano e obsceno está disponível pela Internet até mesmo em servidores estacionados em universidades federais, conforme denúncias de jornais em dias recentes. Grandes provedores têm seções onde usuários podem bater papo sobre sexo e trocar imagens de sexo explícito com crianças, algumas delas tão degradantes, segundo uma denúncia feito pelo Instituto Gutemberg em Julho de 1997, que faz da revista "Penetrações Profundas" uma publicação para freiras.

Associado com a pornografia hardcore está o surto de violência sexual contra as mulheres e crianças nas sociedades modernas onde esse material pode ser obtido facilmente. Estudos por especialistas americanos mostram que existe uma estreita relação entre pornografia e a prática de crimes sexuais. Eles afirmam que 82% dos encarcerados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes admitiram que eram consumidores regulares de material pornográfico. O relatório oficial do chefe de polícia americano em 1991 diz: "Claramente a pornografia, quer com adultos ou crianças, é uma ferramenta insidiosa nas mãos dos pedofílicos [viciados em sexo com crianças]". A pornografia está estreitamente associada ao crescente número de estupros nos países civilizados. Só nos Estados Unidos, o número conhecido pela polícia cresceu 500% em menos de 30 anos, que corresponde ao aumento da popularidade e facilidade em se encontrar material pornográfico. Cerca de 86% dos condenados por estupro admitiram imitação direta das cenas pornográficas que assistiam regularmente.

Crentes "voyeurs"?

Há boas razões para acreditarmos que o número de evangélicos no Brasil que são viciados em pornografia é preocupante. Pesquisadores estimam que nos Estados Unidos cerca de 10% dos evangélicos estão afetados. Considerando que no Brasil a facilidade de se obter material pornográfico é a mesma — ou até maior — que nos Estados Unidos, considerando que a igreja evangélica brasileira não tem a mesma formação protestante histórica da sua irmã americana, considerando a falta de posição aberta e ativa das igrejas evangélicas brasileiras contra a pornografia, como acontece nos Estados Unidos, não é exagerado dizer que provavelmente mais que 10% dos evangélicos no Brasil são consumidores de pornografia. Talvez esse número seja ainda conservador diante do fato conhecido que os evangélicos no Brasil assistem mais horas de televisão por dia que muitos países de primeiro mundo, enchendo suas mentes com programas que promovem a violência e o erotismo, e assim abrindo brechas por onde a pornografia penetre e se enraize.

Mais preocupante ainda é a probabilidade de que grande parte desse percentual é de jovens evangélicos adolescentes. Uma pesquisa feita por Josh McDowell em 22 mil igrejas americanas revelou que 10% dos adolescentes haviam aprendido o que sabiam sobre sexo em revistas pornográficas. 42% deles disseram que nunca aprenderam qualquer coisa sobre o assunto da parte de seus pais. E outros 10% confessaram ter assistido a um filme de sexo explícito nos últimos 6 meses. Uma extrapolação, ainda que conservadora, para a realidade das igrejas brasileiras é de deixar pastores e pais em estado de alarma.

O escândalo envolvendo o pastor Jimmy Swaggart em 1988 revelou abertamente uma outra face do problema, que há pastores evangélicos que também são viciados em pornografia. Uma pesquisa feita em 1994 entre pastores evangélicos americanos revelou uma relação estreita entre o consumo de pornografia e a infidelidade conjugal. Por causa do receio de serem apanhados e de estragarem seus ministérios, muitos pastores optam por consumir pornografia como voyeurs a praticar o adultério de fato, embora alguns acabem eventualmente caindo na infidelidade prática. Quando eu me preparava para escrever esse ensaio, li diversos artigos sobre pornografia publicados em revistas americanas e européias de aconselhamento pastoral. Muitos deles são abertamente dirigidos para ajudar pastores viciados em pornografia.

A Falta de decência

Infelizmente, parece que estamos nos acostumando à falta de decência. Tornamo-nos como os pagãos. Temos a mesma atitude que eles têm para com a nudez e a exposição dos órgãos sexuais. A arqueologia revelou que em muitas das paredes dos templos pagãos cananitas, que foram destruídos pelos israelitas quando conquistaram a terra (Lv 26.1; Nm 33.52), havia desenhos de órgãos sexuais masculinos e femininos. Essas são as formas mais antigas de pornografia que conhecemos. Os cananitas aparentemente representavam os órgãos genitais nas paredes para excitar os adoradores e estimulá-los à prática da prostituição sagrada. Os israelitas, em contraste, tinham uma atitude totalmente diferente quanto à exposição dos órgãos sexuais. Em suas Escrituras Sagradas estava escrito que Deus cuidou em cobrir a nudez do primeiro casal após a queda (Gn 2:25; 3:7-10). Havia uma preocupação em que as vestimentas cobrissem os órgãos genitais, ao ponto de que havia uma determinação na lei de Moisés de que o sacerdote deveria ter cuidado para não subir as escadas do altar de forma a deixar que seus órgãos genitais ficassem expostos (Dt 20:26). Cão, o filho de Noé, foi condenado por ter visto a nudez de seu pai. A própria Bíblia se refere à genitália de forma reservada, usando às vezes eufemismos como "nudez" (Lv 18), "pele nua" (Ex 28.42), "membro viril" (Dt 23.1), "entre os pés" (Dt 28.57) e "parte indecorosa" (1 Co 12.23), só para citar alguns exemplos.


Podemos fazer alguma coisa, sim!

 
Acredito que os pastores e as igrejas evangélicas no Brasil podem fazer algumas coisas: ler os estudos e relatórios sobre os efeitos da pornografia feitos por comissões especializadas; pregar sobre o assunto e especialmente dar estudos para grupos de homens; desenvolver uma estratégia pastoral para ajudar os membros das igrejas que são adictos à pornografia; não esquecer que muitos pastores podem precisar de ajuda eles mesmos; criar comissões que se mobilizem ativamente contra a pornografia, utilizando-se dos dispositivos legais que o permitam (uma possibilidade é encorajar os políticos evangélicos a tomar posições bem definidas contra a pornografia); desenvolver uma abordagem que trate da sexualidade de forma bíblica, positiva e criativa; tratar desses temas desde cedo com os adolescentes da Igreja expondo o ensino bíblico de forma positiva; orar especificamente pelo problema.

Não estou pregando uma cruzada de moralização, embora evidentemente a igreja evangélica brasileira poderia tirar bastante proveito de uma. A pornografia é um mal de graves conseqüências espirituais e sociais embora não acredite que devamos fazer dela o inimigo público número 1, como algumas organizações moralistas e fundamentalistas dos Estados Unidos. Afinal das contas, a raiz desse problema — e de outros — é o coração depravado e corrompido do homem, que só pode ser mudado pelo Evangelho de Cristo. Hitler conseguiu em 4 anos banir da Alemanha todas as formas de pornografia e perversão e incutir na geração jovem de sua época a aspiração por altos valores morais e pela pureza da raça ariana. Os motivos eram errados e o projeto de Hitler acabou no desastre que conhecemos. Não acabaremos com a depravação moral somente com leis e discursos políticos. Jack Eckerd, um empresário milionário dono de um negócio que rendia mais de 2,5 milhões de dólares por ano, ao se converter a Cristo em 1986, determinou que todas as publicações pornográficas vendidas em suas 1.700 lojas fossem retiradas, mesmo que isso significasse a perda de alguns milhões de dólares anuais. Quando o coração é mudado as mudanças morais seguem atreladas.
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Fonte: Revista Fides Reformata

Governo britânico quer bloquear pornografia online para proteger crianças!

Dom, 19 Dez, 08h45

Londres, 19 dez (EFE).- O Governo do Reino Unido pretende bloquear a pornografia na internet para proteger as crianças, que estão cada vez mais expostas a esse conteúdo.
O secretário de Estado de Comunicações britânico, Ed Vaizey, convocará uma reunião no mês que vem entre os principais provedores de banda larga, entre eles BT, Virgin Media e TalkTalk, aos quais pedirá que mudem a forma como a pornografia chega aos lares britânicos.
Segundo o jornal "The Sunday Times", em vez de serem os pais a controlarem o acesso dos filhos à pornografia, esta será bloqueada na fonte, e os adultos que quiserem acessá-la terão de solicitá-la expressamente.
O Governo quer que os provedores de serviços de internet utilizem tecnologia similar à utilizada para impedir que os usuários da internet se vejam expostos sem desejá-lo à pornografia infantil.
Os sites pornográficos serão bloqueados na origem, a menos que um usuário expressamente queira receber esse tipo de conteúdo.
O provedor TalkTalk introduzirá no ano que vem um novo serviço gratuito que permite aos usuários controlar o acesso à internet, especificando quais sites para adultos querem receber ou aplicando uma classificação por idades como a que existe no cinema.
Segundo uma enquete da revista "Psychologies", uma em cada dez crianças britânicas de dez anos já viu pornografia na internet.
"É algo muito sério. Acho que é importante que os provedores de serviços de internet proponham soluções para proteger as crianças", disse o secretário de Estado de Comunicações.
Segundo a deputada conservadora Claire Perry, que fez forte lobby a favor de o Governo legislar nessa matéria, "a indústria não vai se autorregular" se não for obrigada.
Já a Associação de Provedores de Serviços de internet contestou a medida. Segundo ela, um bloqueio como o proposto seria caro e difícil de operar.
No entanto, Miranda Suit, cofundadora da ONG Safermedia, afirma que tecnicamente é possível, como o demonstra o fato de que os provedores tenham começado a eliminar a pornografia infantil após as pressões feitas pelo Governo.
"No passado, a pornografia na internet era considerado um assunto moral ou de gostos, mas se transformou em um tema de saúde mental, porque sabemos o dano que causa às crianças. Já assistimos a comportamentos sexuais perversos entre elas. Legislar nessa matéria é factível e justificável", defendeu Suit. EFE

Ajude a manter a internet livre de crimes

acesse e denuncie: https://denuncia.uol.com.br/

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Peritos brasileiros rechaçaram campanha de frases ateístas nos ônibus às vésperas do Natal

.- Peritos brasileiros advertiram recentemente que a “campanha dos ônibus ateus” seria desmoralizante para a fé e contrária à constituição, além de assinalar que não existe descriminação aos ateus no Brasil. A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) pretendeu lançar a iniciativa, na qual se colocaria nos veículos públicos frases como: "A fé não dá respostas. Só impede perguntas" ou "Somos todos ateus com os deuses dos outros", além de imagens ofensivas à fé em Deus. A iniciativa era parte da campanha "Diga não ao preconceito contra ateus". A propaganda não chegou a ser realizada porque as empresas de mídia acabaram desistindo alegando impedimentos da legislação. 

Segundo a informação fornecida pelo portal Canção Nova Notícias, as peças publicitárias contêm insinuações polêmicas e preconceituosas que são inconstitucionais, de acordo com o renomado jurista Ives Gandra Martins. Segundo ele, o inciso 4º do artigo 3º da Constituição – que proíbe qualquer tipo de discriminação – seria ferido por essa iniciativa que teria lugar nas cidades de Salvador, Porto Alegre e São Paulo.

"Não pode ser permitida e, se for, deve ser retirada, pois é inconstitucional. Além do mais, não busca fazer qualquer tipo de defesa do ateísmo ou agnosticismo, mas agredir abertamente os valores religiosos, desmoralizando e descaracterizando a fé como caminho de valores", afirma Granda.

De acordo com a Atea, a campanha seria "mais um passo dado pela entidade para o reconhecimento dos descrentes na sociedade como cidadãos plenos e dignos", conforme indica em seu website.

Segundo o Prof. Felipe Aquino, apresentador e blogger da Canção Nova, “a mensagem da campanha que traz Hitler como crente e Charles Chapin como ateu, e dizendo que “religião não imprime caráter”, não é verdadeira. A fé católica imprime caráter. Hitler estava a anos luz de distância de ser cristão como querem alguns. O nazismo matou cerca de 2000 padres. O ditador nazista queria assassinar o papa Pio XII. Portanto, usar Hitler como exemplo de “crente” não é coerente. Por outro lado Stalin, Lenin, e outros comunistas russos ateus condenaram cerca de cem milhões à morte. A fé católica imprime caráter, seriedade, honradez, honestidade, pureza e santidade, mesmo que nem todos os católicos dêem prova disso”.

“Por isso, e por outras coisas, nos parece vazia a argumentação da campanha. Além do mais, Deus não é um mito, e nem um “delírio” como quer o Dr. Richard Dawkins. O Natal não é um mito. Deus é uma realidade. Sem Ele não existiria o universo e cada um de nós. O ateísmo jamais poderá explicar isso. O senhor “Acaso” não existe. Tudo o que existe fora do nada é parte de um plano”, sustentou o Prof. Aquino.

Para o Arcebispo de São Paulo (SP), Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer – cidade originalmente incluída no projeto –, é sempre necessário ressaltar o respeito pelo outro, sem agressões.
"Não existe situação de discriminação e perseguição contra esse grupo na sociedade. Parece-me que se está buscando criar um problema que objetivamente não existe, importando idéias de outros lugares", disse o cardeal em declaração reunidas pelo Canção Nova Notícias.



Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=20839

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Falso Pastor é preso após abrir 146 Igrejas para enganar fiéis!

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Preso em São Borja o estelionatário suspeito de enganar vítimas em 12 Estados. O homem se passava por pastor e chegou a montar 146 igrejas no país.

O homem chegava nas cidades, montava uma igreja e pedia doações para os fiéis, alegando que usaria o dinheiro para projetos sociais. Depois de pegar o dinheiro fugia e trocava de nome. Ele ficava, em média, um ano em cada município.

O projeto atual do falso pastor era abrir uma faculdade de teologia em São Borja.

Segundo o delegado Luiz Nestor Martins Contreira, o falso pastor foi descoberto após gerar desconfiança nos fiéis.

A identidade do farsante só foi descoberta com as impressões digitais. Sabino Saldanha já havia utilizado ao menos cinco nomes diferentes, entre eles Laércio Alves da Silva, identidade usada na Fronteira Oeste.

O falso pastor tinha mandados de prisão decretados no Acre, em Rondônia, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. Sabino Saldanha foi encaminhado ao presídio de São Borja.

Tchau...otários...amém! assim seja! hehehehehehe....


Fonte: iGospel

TJ-SP julga prescrita queixa-crime da Igreja Universal contra arcebispo católico


O Tribunal de Justiça de São Paulo julgou prescrita Ação Penal movida pela Igreja Universal contra o arcebispo de João Pessoa (PB), D. Aldo Di Cillo Pagotto.

A defesa da Universal pediu a aplicação do artigo 116, do Código Penal, que aponta as causas de impedimento da prescrição do processo.A Igreja Universal acusou o arcebispo da prática dos crimes de difamação e de instigar preconceito de raça ou classe, previstos na antiga Lei de Imprensa (Lei 5.250/67). A decisão do Tribunal de Justiça foi tomada por votação unânime.

A corte paulista entendeu que não há previsão legal para suspender a prescrição. Isso porque, quando o Supremo julgou a ADPF 130, foram suspensos vários artigos da Lei de imprensa, mas não o artigo 41. Este cuida da prescrição pela Lei de Informação.

O arcebispo da Paraíba criticou publicamente a ostentação econômica da Igreja Universal na construção de um tempo em João Pessoa com capacidade para 5,1 mil pessoas. A crítica foi feita em 2007, quando da inauguração da obra.

Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, Dom Aldo também comentou que a inauguração de uma construção suntuosa se deu pela contribuição dos fiéis. Em nota, o arcebispo atribuiu a “proliferação desse e de outros grupos congêneres” às “promessas propaladas por seus líderes, induzindo o povo de boa fé a alcançar a prosperidade material em formas imediatistas”.

A Igreja Universal do Reino de Deus reagiu. Afirmou que o maior templo da igreja no Brasil está localizado no Rio de Janeiro, com capacidade para 12 mil fiéis. O pastor da Igreja Universal do Reino de Deus em João Pessoa, Miguel Arcanjo, disse durante a inauguração do novo templo que as declarações do arcebispo da Paraíba foram infelizes. “Dom Aldo foi infeliz e, como se diz, falou pelos cotovelos”, afirmou.

A queixa-crime foi recebida em primeiro grau pelo delito de difamação, então previsto ano artigo 21 da Lei de Imprensa. Depois do recebimento, o STF suspendeu a eficácia de artigos da norma, o que obrigou a juíza a suspender o andamento do feito.

Insatisfeita, a Igreja ingressou no Tribunal de Justiça com recurso para suspender a prescrição com base no artigo 116, inciso I, do Código Penal e no mérito pediu a aplicação do artigo 139 (difamação) do Código Penal, associado com o artigo 141, inciso III da mesma lei.

O Tribunal de Justiça julgou extinta a punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva e pela falta de procuração com poderes especiais, uma vez que a vítima (a IURD) é pessoa jurídica. Para a turma julgadora, por conta desses fatos faltou justa causa para a queixa-crime. A Universal entrou com novo recurso contra o acórdão, mas ele foi rejeitado.


Fonte: Folha Gospel

"Bispo" Edir Macedo pode perder a Rede Record de Televisão

Segundo consta no processo, o bispo Edir Macedo usou dezenas de milhões de reais da Igreja Universal para concretizar a aquisição da Record.


Com a mesma isenção e imparcialidade com que há 10 anos a Tribuna da Imprensaacompanha a tramitação da Ação Declaratória de Inexistência de Ato Jurídico, que herdeiros dos antigos acionistas da ex-Rádio Televisão Paulista S/A movem contra a família Marinho, seguimos também o lento caminhar da Ação Civil Pública proposta pela Procuradoria da República em São Paulo contra a Rede Record de Televisão, a Igreja Universal do Reino de Deus e o bispo empresário Edir Macedo, com julgamento previsto para o dia 12 de janeiro de 2011.
No caso da TV Paulista (hoje, TV Globo de São Paulo), restou a triste conclusão de que o negócio foi consumado com documentos anacrônicos, falsos, ilegais, porém, validados por conta da prescrição do tempo: ou seja, Roberto Marinho se apossou de 48% do capital social inicial de 673 acionistas minoritários por apenas Cr$ 14.285 e pelos outros 52% despendeu apenas US$ 35, já que Victor Costa Junior, a quem pagou CR$ 3.750.000.000,00 nunca foi acionista daquela emissora. Esse processo ainda depende de julgamento no STJ.

Informa-se que o advogado que cuida desse processo principal, acaba de ser contratado para propor, via ação popular, a cassação da concessão da ex-Rádio TV Paulista por conta dos vícios que pontuaram a transferência da outorga para seus atuais controladores e sobretudo porque o processo administrativo existente na Administração Federal não contém documento algum que justifique tal controle.

Quanto à compra da TV Record por Edir Macedo, o Ministério Público Federal avalia que ela foi ilegal e é inconstitucional. A venda (que o empresário Silvio Santos fez a Edir Macedo e à sua esposa) da TV Record de São Paulo, hoje, a segunda maior rede de televisão do país e com faturamento anual batendo na casa dos R$ 3 bilhões, não teve prévia aprovação das autoridades federais e pode ter sido produto de simulação.

Segundo consta dos autos, o bispo Edir Macedo usou dezenas de milhões de reais da igreja que dirige para concretizar a aquisição. Esses vultosos recursos (doações de milhões de evangélicos) teriam sido “emprestados” pela Iurd para que o bispo Edir Macedo pudesse comprar a poderosa rede de TV e na qual, o mesmo bispo-empresário já investiu várias centenas de milhões de reais. A Rede de Televisão e Rádio Record, sem duvida alguma, é hoje avaliada em cerca de US$ 3 bilhões e, ao que se comenta, teria liquidez maior do que a da emissora líder em audiência.

A Procuradoria da República questiona a compra da emissora porque Edir Macedo, como cidadão, em 1990 comprovadamente não teria bens e recursos para participar dessa vultosa transação e que, por isso, estaria implementando uma aquisição ilegal, dissimulada. A verdadeira compradora da empresa de comunicação seria a pessoa jurídica denominada Igreja Universal do Reino de Deus, o que fere flagrantemente a Constituição Federal.

Nos autos do processo, que tem cerca de 2.500 páginas, e cuja relatora, a desembargadora Salette Nascimento, foi substituída pelo juiz convocado José Eduardo Leonel Junior, indaga-se como foi possível o bispo Edir Macedo, sem patrimônio algum, sem renda mensal (já que sabidamente trabalha por amor ao próximo e a Deus), da noite para o dia ter se transformado no segundo maior proprietário de rede de televisão do país, com o ciente e o de acordo do Ministério das Comunicações, que tem a obrigação de fiscalizar esse importante setor de prestação de serviço público de radiodifusão de som e de imagem?

No caso da TV Record, de se lamentar que um processo dessa importância tivesse permanecido por mais de 10 anos, no TRF da 3ª Região, sem solução alguma e, por certo, em “prejuízo” dos novos donos da Rede Record de Televisão, que permaneceram tão longo período, sob constrangimento judicial. É uma preocupação a mais para o Conselho Nacional de Justiça encarar e resolver.

Nesse processo são réus também Ester Eunice Bezerra, esposa de Edir Macedo, o senador Marcelo Crivella, Sylvia Crivella, TV Record de Rio Preto S/A, TV Record de Franca S/A e Rádio Record S/A (Canal 7 de São Paulo) e outros.







Fonte: Consultor Jurídico

ateus e Cristãos fazem “guerra de outdoors“ no Natal de Nova York

Grupo ateísta colocou propaganda em um dos lados do Túnel Lincoln, liga Católica respondeu com mensagem na outra entrada do túnel. Confira as imagens:


Outdoor de grupo ateísta próximo à entrada do Túnel Lincoln, em North Bergen, Nova Jersey, uma das entradas para a cidade de Nova York, nesta quarta-feira (1º).
O texto diz: “Você sabe que é um mito. Neste ano, celebre a razão“ (Foto: AP)
A Liga Católica contra-atacou, colocando seu próprio cartaz no outro lado do tunel. O texto diz: “Você sabe que é real. Neste ano, celebre Jesus“. (Foto: AP)
Fonte: G1

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Qual é a sua mensagem?


Freqüento uma Igreja Cristã Evangélica Protestante Reformada e o que for mais, desde os meus três anos de idade. Ouvi histórias bíblicas desde então. O Mar que se abriu, o baixinho que derrubou o gigante, o homem engolido pelo peixe e a serpente enrolada numa árvore batendo um papo com a Eva peladona, só pra citar algumas. Como um bom menino aceitei todas elas de coração aberto e até cantava músicas sobre elas com uma leve empolgação.

Na juventude, redescobri as histórias, enjoei da igreja, detestei acampamentos e escolas bíblicas de férias. Me sentia um peixe-dentro-dágua querendo sair pra respirar um pouco de ar e sentir a brisa da vida lá fora. Por isso deduzi que nunca mais encontraria lugar em uma igreja ou acampamento “GOSPEL” cercado de jovens bonzinhos. Pra minha surpresa, este ano encontrei meu lugar de volta no aquário, não como um peixe, mas como um anfíbio que vive na água mas de vez em quando precisar ir lá fora pra respirar os ares do “mundo”, como os evangélicos adoram dizer.

Participei de um retiro evangélico no qual representei um ateu porta-voz das pessoas que estão fora do aquário. Persuadi, odiei, impactei e inflamei a vida de 24 jovens igrejeiros. No final me revelei como cristão, uma espécie de intersecção entre o mundo deles e o de fora, pois é exatamente assim que me vejo hoje; uma intersecção. Abracei a todos eles, chorei com eles por uma manhã inteira de domingo, perdoando e sendo perdoado por odiá-los a vida toda.

Eu, como você, possuo um olhar único que filtra o mundo como uma lente, interpretando-o por tudo que sou, por tudo que passei vejo os outros de uma forma diferente, vejo as quedas e as vitórias de uma forma como você nunca as verá. Por isso tudo, possuo em meu coração um sentimento que é só meu, um ódio só meu e um amor só meu, possuo em minha mente uma mensagem só minha que passo não só com o que falo, mas com o que faço e, bem antes disso, com o que sou.

Você, que nasceu em um determinado ambiente, foi educado dentro de certos valores, assistindo os erros e acertos dos seus responsáveis. Cresceu e se formou dentro de uma genética pré-estabelecida, passou por apuros e gozou de momentos intransferíveis. Caminhou por vales sombrios e escalou alguns montes de onde se podia avistar um entardecer que foi só seu. Sentiu a dor física e emocional como só você poderia sentir neste mundo. Sentiu o prazer mais íntimo e pessoal interpretado por um corpo e alma que é só seu.

Hoje, creio fielmente na idéia de que cada cristão possui uma forma única de passar a mensagem da verdade a determinadas pessoas que só poderão entendê-la e senti-la, se for contada por você. Me vejo hoje como o Jonas da Bíblia, errante, desobediente, implicante e amargurado. Um “anti-profeta” que por desabafar ao povo de Nínive todo seu ódio, fez sem querer e contra a sua vontade a vontade de Deus.
Qual é a sua mensagem?





quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Mundo perdido! Homem que "mudou de sexo" ganhará aposentadoria para mulheres?!!!


Que fizeste homem? quer dizer...mu..tante! hihihihi...
 Um homem britânico casado que mudou de sexo aos 58 anos ganhou na Justiça o direito de receber aposentadoria a partir dos 60 anos, idade mínima para as mulheres se aposentarem.
Christopher Timbrell, de 68 anos, mudou seu nome para Christine em 2000, após uma cirurgia para mudança de sexo.
A mudança foi feita com o consentimento da mulher, Joy, com quem Timbrell se casou há 42 anos e com quem tem dois filhos. Eles continuam vivendo juntos.
Mas o pedido de aposentadoria, feito dois anos após a cirurgia de troca de sexo, foi negado com base em uma lei que estabelece que os transexuais casados só têm a mudança de gênero reconhecida oficialmente se tiverem o casamento dissolvido ou anulado.
O Departamento de Trabalho e Pensões, do governo britânico, alegou que ela teria que esperar até os 65 anos, idade mínima para aposentadoria dos homens.
Discriminação

tenho que abanar, pois afinal...agora sou uma "quase-mulher"...e já estou com..."tpm"...hihihihi
A advogada de Timbrell, Marie-Eleni Demetriou, argumentou que a obrigatoriedade de que ela terminasse seu casamento era uma violação aos seus direitos humanos.
O juiz que analisou o caso disse que a lei britânica não é capaz de lidar de maneira adequada com casos como o de Timbrell, estabelecendo que as pessoas que são "uma vez homens, são sempre homens".
Segundo o juiz, a incapacidade da lei de lidar com pessoas que mudam de sexo representa uma discriminação, e por isso o Estado não teria o direito de negar a Timbrell o pedido de aposentadoria aos 60.

Quem quer dançar comigo? Cadê os homens?!!!
 Ela terá agora direito aos pagamentos retroativos relativos aos últimos oito anos.

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fonte: http://averdadeiraidadedastrevas.blogspot.com/search/label/Ditadura%20Gay

Banalizando o milagre, vendendo indulgência?!!!


Meus irmãos, Hoje em dia em algumas igrejas evangélicas (graças a Deus não são todas) muitos pastores e lideres estão banalizando o milagre. Muitos dizem que ali o milagre acontece que ali o milagre é coisa natural, queridos, então não é milagre, pois o milagre é sobrenatural, o milagre não acontece a toda hora e nem com todo mundo, estão pervertendo as coisas de Deus. Estas igrejas estão mais preocupadas em realizar curas milagrosas, prosperidade, e outros muitos atos. Não que isto seja errado, mas estão se esquecendo que isto é conseqüência da fé da pessoa que esta buscando, não é realização de uma determinada denominação, estão mudando o foco das coisas de Deus, pois pegam na Bíblia Sagrada apenas os milagres feitos por Jesus e pelos profetas, mas para isto devemos levar nosso povo ao conhecimento, antes eles tem de saber que sem fé não se agrada a Deus “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. (Os 4-6a).

Vou tirar é a minha parte, quer dizer toda, antes que os meus "irmãos" cheguem!...ohhhh...glóriaaaaa!!!  aleluiaaaaaa.....
Vejo membros destas igrejas desprezando a busca ao Espírito Santo, indo somente à igreja quando se tem orações por milagres. Hoje as igrejas até já mudaram o foco de seus cultos, pois as reuniões do fim de semana onde a freqüência do povo é maior, estas viraram “tendas de milagres” suprimindo boa parte do Louvor a Deus para orações de milagres (curas, prosperidade, vida sentimental, etc.). Não que isto seja pecado, pois são dons gratuitos de Deus, mas não devemos trocar estas coisas por uma comunhão real e verdadeira com nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pois entreguemos nossos caminhos a Deus e tudo mais Ele o fará.
Eu bem sei que hoje as igrejas que tem em seu ministério o dom da Palavra, estão com carência de pessoas, porque ninguém quer ficar ouvindo que Deus tem reservado para nós na eternidade, as pessoas são imediatistas, querem tudo de Deus hoje, estão preocupadas com seu bem estar neste mundo, e desprezam as coisas do Alto.
Hoje quando ligamos a TV em um canal que transmite uma programação evangélica, o que se vê são pessoas indo buscar de tudo menos a Deus, são pastores dizendo que “aqui você terá sua vitória” ou mesmo alguns desafiando a Deus dizendo que “Ele tem obrigação de nos dar as bênçãos que nos prometeu”, ou ainda pior, tem aqueles que estão vendendo lenços com seu suor dizendo que quando o doente passar sobre seu corpo este objeto ele será curado. O que é isto? Venda de indulgência, talvez, mas o pior é que são milhares de pessoas buscando ao homem em vez de se entregarem a Deus. “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
Mt 6-33.Queridos, O senhor Jesus através do apóstolo Paulo nos dá um ensinamento muito grande do maior dom de Deus para nós, “mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Rm 6-23b.

Amados me desculpem por estas palavras, isto parece tom de desabafo pessoal, pois estou vendo muitos indo para o inferno e não podendo fazer nada, por não ter mídia, poder econômico nem poder político, a única coisa que tenho é a minha fé em Jesus Cristo e a sua palavra. Mas Ele confortará ao meu coração.Graça e Paz em Cristo Jesus

Pr. Jorge Rodrigues  12/12/2009

Fonte: Blog manancial das águas

Liderança - Bispo prevê fim da igreja evangélica?!!!


Dirigente da Igreja Cristã Nova Vida aponta o mundanismo como problema no Brasil



Dirigente da Igreja Cristã Nova Vida, Walter McAlister fala do legado do pai e constata que a fé evangélica mudou muito


Será mesmo o fim?!!! vou é dar o fora antes que esta "bomba" exploda...eu quero é paz e sossego!
 Por Carlos Fernandes

Durante muitos anos, a voz de sotaque inconfundível foi familiar aos crentes brasileiros: “Que Deus os abençoe rica e abundantamente”, dizia o fundador da Igreja Pentecostal de Nova Vida pelas ondas da Rádio Relógio Federal. O missionário canadense Robert McAlister, carinhosamente conhecido no Brasil como bispo Roberto, teve papel destacado na inserção do Evangelho entre as classes médias urbanas. A denominação que fundou ajudou a mudar o conceito da sociedade acerca dos evangélicos – e, passados dezesseis anos de sua morte, seu legado é incontestável. “Ele deixou um exemplo de seriedade e valorizou a vocação pastoral”, diz, com orgulho, seu filho e sucessor no ministério, Walter McAlister Jr.
Mas os tempos e a Igreja Evangélica são outros. E Walter, mais do que ocupar o púlpito que um dia foi de Roberto, hoje é um analista do segmento no qual nasceu, cresceu e construiu sua carreira ministerial. Aos 53 anos, o bispo está lançando O fim de uma era (Anno Domini), livro no qual fala como observador e participante ativo do movimento evangélico nacional, com todas as suas facetas, crises e paradoxos. Mas a experiência própria não é a única credencial que ostenta – Walter, nascido nos Estados Unidos e naturalizado brasileiro, tem uma sólida formação acadêmica e teológica, que inclui os cursos de graduação e mestrado em disciplinas como psicologia e estudos bíblicos na América do Norte. Ordenado ministro do Evangelho em 1980, ele hoje é o bispo primaz e presidente do Colégio dos Bispos da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida, entidade que agrega 140 congregações.
O quadro que emerge de seu livro não é animador. Walter prevê o fim da Igreja – não o corpo místico de Cristo, que segundo ele “nunca falirá”, mas o atual conceito de igreja no Brasil. “A Igreja Evangélica hoje não cresce, incha. A diferença é que um corpo, quando cresce, mostra saúde; já o inchaço é sintoma de alguma doença”, aponta. Como outros indícios desse mal, o bispo aponta a superficialidade, o mundanismo, a falta de ética e a corrupção. “Aliás, no que tange à corrupção do mundo secular, ela em pouco difere da que se alastra nos meios cristãos”, lamenta. Durante esta conversa com CRISTIANISMO HOJE, Walter McAlister admitiu que lhe dói o coração ver a situação da Igreja contemporânea: “Queria ser mais gentil. Mas há momentos em que se faz necessário e urgente dizer a verdade dura, mesmo que isso nos custe muito.”

CRISTIANISMO HOJE – Em O fim de uma era, o senhor analisa a Igreja contemporânea, e o quadro que traça não é nada animador. Trata-se de uma instituição falida?

WALTER MCALISTER – Não, a Igreja nunca falirá. Ela é o corpo de Cristo e consegue sempre atravessar os séculos, mesmo que seja por meio de um remanescente fiel. Mas O fim de uma era trata do conceito atual de igreja no Brasil, e este sim, está prestes a falir. Ela está à beira de uma série de mudanças que serão percebidas como o fim, se não da Igreja como um todo, certamente de um “sonho” ou de um ideal que hoje ocupa o imaginário cristão.


No livro, o senhor chega a falar até mesmo do fim do atual modelo de cristianismo ocidental. Caso esteja certo em seu prognóstico, o que virá depois dele?

Historicamente, o que geralmente se segue a épocas como a nossa é um período de perdas, perseguições e desencanto. Os que se preparam para tais épocas promovem reflexão, semeando para uma nova era de vigor e devoção. Em primeira instância, haverá muito choro, revolta e medo. Haverá quem vá perguntar o que deu errado e os que se calarão, pasmos pelas perdas. Muitos fugirão dos líderes desacreditados. As coisas podem piorar ainda mais. Mas há sempre a possibilidade de renovação em meio aos escombros. O remanescente fiel se voltará para Deus em oração. Haverá redutos de oração intercessória, contrição e comunhão.


Alguns demógrafos preveem que os crentes poderão ser metade da população nacional já por volta da década de 20 deste século. Poucas nações do mundo experimentaram avanço tão notável de um segmento religioso na história contemporânea, fato que é muito festejado por líderes evangélicos – e criticado por outros tantos, que não têm enxergado qualquer mudança significativa na sociedade a partir dessa maior presença evangélica. É um paradoxo?

A Igreja Evangélica no Brasil hoje não cresce, incha. A diferença é que um corpo, quando cresce, mostra saúde; já o inchaço é sintoma de alguma doença. A qualidade da nossa devoção coletiva caiu muito, embora os nossos números tenham crescido. Os que não veem mudança estão equivocados. Mudou muita coisa, sim. No livro, mostro que tanto a sociedade quanto a Igreja Evangélica visível se tornaram mais superficiais, mais fascinadas pelos meios, mais gananciosas – e ficaram menos éticas e menos sérias. Aliás, no que tange à corrupção do mundo secular, ela em pouco difere da corrupção que se alastra nos meios cristãos.


Cada vez mais pessoas famosas, como artistas e celebridades, têm frequentado igrejas, mas essa alegada conversão parece não interferir em seu comportamento. Qual o preço disso para a fé evangélica?


A fé foi banalizada e transformada numa filosofia vazia. Em grande parte, a Igreja perdeu a sua alma. O fato de celebridades afirmarem conversão sem o necessário fruto de arrependimento é o resultado direto, e mais visível, de uma distorção da mensagem cristã. Afirmar que uma profissão pública de fé é o suficiente para que alguém se considere salvo reduz o conceito da salvação a um momento de decisão apenas. Mas Tiago disse que fé sem obras é morta. Muitos chegarão a Cristo, no último dia, fazendo uma “profissão” de fé. Mas obterão uma resposta condenatória, por eles terem praticado o mal. Paulo disse que o justo viverá pela fé, mas também disse que haverá ira e indignação para os que são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça, conforme Romanos 2.7 e 8.


O senhor aponta os líderes evangélicos como grandes responsáveis pela crise da Igreja. Qual a sua avaliação sobre a liderança evangélica brasileira?

A liderança evangélica brasileira reúne de tudo um pouco. Ocupamos um espectro largo, que vai dos mais corruptos e hipócritas aos mais piedosos e angustiados com a situação atual. Há homens muito bons no Brasil que querem servir ao Senhor, mas são pressionados, qual Arão, a fabricar bezerros de ouro para agradar o povo e garantir, por exemplo, uma reeleição a seu posto. Mas também há lideres que vendem seus púlpitos a agendas políticas, ou pior, traem sua vocação sacerdotal se candidatando pessoalmente a cargos eletivos. Há mercantilistas que usam o Evangelho como desculpa para vender seus produtos na TV, enriquecer ou obter benesses de poderosos. Para eles, a Bíblia é um pretexto e não uma autoridade. São pessoas equivocadas ou corruptas, que criam igrejas vaidosas, vazias e superficiais. Por outro lado, há homens que se dedicam, de corpo e alma, ao serviço do povo de Deus. Não são famosos, mas estão dando sua vida em prol do rebanho do Senhor.

Por que a Igreja contemporânea tem abandonado temas antes considerados inegociáveis, como arrependimento, justificação pela fé, juízo de Deus, céu e inferno e segunda vinda de Cristo?

Porque essas não são mensagens populares. Elas incomodam aqueles que procuram na fé apenas um meio de alcançar bem estar. Somos uma civilização narcisista, uma sociedade que define o mundo a partir da sua própria vontade. Como já aconteceu inúmeras vezes ao longo da história da Igreja, a proclamação do Evangelho hoje rende-se muitas vezes às questões do dia a dia, da moda ou dos anseios da sua geração.


E quanto aos assuntos básicos da fé e da prática evangélica, como batismo, liturgia e pecado? Na sua opinião, as igrejas têm falhado no ensino?

A Igreja sofre, de modo geral, de um analfabetismo bíblico e teológico, bem como uma miopia histórica surpreendente. Pelo nível de ignorância bíblica que percebo na maioria dos cristãos, associado à ausência de piedade demonstrada pelo povo de Deus, eu diria que alguém está deixando a dever. Esse problema não acha sua fonte no rebanho, mas nos pastores. É bom lembrar que foram os líderes das sete igrejas do Apocalipse que foram cobrados pela condição dos rebanhos.


Evangélicos sempre criticaram católicos por suas concessões à religiosidade popular e às superstições religiosas. A Igreja Evangélica brasileira pratica hoje uma fé sincrética?

Sem dúvida! No que diz respeito à religiosidade popular, já ultrapassamos os católicos. Aliás, de uns tempos para cá, os católicos até estão copiando as nossas práticas populares.


É possível falar-se em unidade do Corpo de Cristo diante da infinidade de igrejas e denominações que existem hoje?


A unidade do Corpo de Cristo não é um projeto, é um fato. Ao mesmo tempo, Paulo disse que é necessário que haja divisões entre nós para que os aprovados sejam conhecidos, conforme I Coríntios 11. Logisticamente, a união institucional é impossível; sempre foi assim, desde a Igreja do primeiro século, com todas as suas divergências e ramificações. Todavia, há uma só Igreja. Quem a vislumbra como um todo vê algo estranhamente animador: há membros da Igreja invisível atuando em todos os arraiais. Há pessoas piedosas, devotadas a Cristo, com todos os seus defeitos, erros de doutrina e diferenças, que estão contribuindo para o crescimento do Reino de Deus.


Por que a evangelização clássica, aquela da visitação a lares e hospitais, dos cultos ao ar livre e do evangelismo pessoal, foi abandonada pelas igrejas?

Bem, não estou ciente de tal abandono. Há ainda muitas igrejas que visitam lares e realizam evangelismo em hospitais ou prisões. Acontece que a comunicação vem sofrendo uma revolução incrível. Talvez, no caso de cultos ao ar livre, eles tenham sido substituídos por novas formas de proclamação. Mas concordo que não há o mesmo zelo por almas perdidas que vi quando jovem. Talvez tenhamos nos tornados frios e sem compaixão pelos que estão se perdendo. É um fato triste e denuncia o esfriamento do nosso amor, inclusive pelo Senhor.


Pode-se dizer que o neopentecostalismo é um movimento de fé genuinamente evangélico?


Antes de tudo, é fundamental aqui definirmos bem os termos evangélico e neopentecostal. Primeiro: o termo neopentecostalismo não é para mim um conceito cronológico, no sentido de um movimento que evoluiu com o passar do tempo a partir do pentecostalismo e que, por isso, configuraria uma nova etapa do pentecostalismo. Nada disso. Quando falo de neopentecostalismo, refiro-me a algo que evoluiu a partir da invasão de valores neoliberais e materialistas na periferia do antigo pentecostalismo. O que resultou dessa mutação é uma espiritualidade formada em função de valores e anseios seculares, mundanos.


O que deu certo e o que deu errado no neopentecostalismo brasileiro?


O que deu errado é que eles acabaram formando valores anticristãos e levam pessoas a segui-los. Nesse caso, expandir esse tipo de fé não é nenhum mérito – na verdade, é um problema. O que deu certo – e eu não diria que “deu certo”, mas que funcionou – para o neopentecostalismo foi atender certos anseios das massas, no que se refere aos desejos dessa geração, e oferecer soluções fáceis, como qualquer profissional de marketing faria. O povo se sente explorado, impotente e vitimado. Assim, a oferta de uma certa ilusão de poder adquirido é tudo o que o povo quer. Por isso, os neopentecostais crescem numa velocidade impressionante.


A fé como produto de consumo, onde a bênção está diretamente ligada à atitude do devoto diante da organização religiosa, é a ênfase na mídia produzida pelos grupos evangélicos, particularmente na TV. É uma maneira legítima de divulgar a fé?

De forma alguma; é antibíblica, pois Deus fica em segundo plano, enquanto o cliente – o necessitado – fica em primeiro. Em vez de pregar submissão a Deus e confiança na sua vontade, que pode até se manifestar por meio de cura ou resposta a oração, vemos o benefício proclamado como o bem principal. Isso é idolatria. Além do que, a televisão em si é um meio comprometido e incapaz de formar conceitos cristãos. A presença de pastores na televisão é equívoco. Um equívoco bem-intencionado, mas ainda assim um equívoco.


A Igreja Cristã Nova Vida é neopentecostal?

Não a considero neopentecostal, como muitos a classificam, pois ela nem de longe compactua com esses valores e anseios. Somos “neo” por termos sido fundados há pouco tempo, em termos históricos, e somos “pentecostais” por crermos na continuidade dos dons manifestados no dia de Pentecostes. Mas não somos neopentecostais, pois rejeitamos essa espiritualidade mundana e todas as suas práticas. Na verdade, as origens da Igreja Cristã Nova Vida se reportam à Rua Azuza, em Los Angeles, em 1906. Meu tio-bisavô, R.E. McAlister, levou a mensagem pentecostal de lá para o Canadá, onde ajudou a fundar as Assembleias de Deus canadenses. Seu sobrinho, Walter – meu avô –, foi superintendente nacional durante os anos 50 e o filho dele, Robert, foi o nosso fundador. Fomos fundados, então, em cima dos firmes alicerces de Azuza e não de movimentos análogos posteriores. Assim, meu pai não “brotou” no Brasil com uma nova teologia inventada; ele deu continuidade à teologia clássica que vinha se desenvolvendo em seu país desde o avivamento de Azuza.


Seu pai, carinhosamente chamado pelos crentes brasileiros de bispo Roberto, teve participação direta na explosão do neopentecostalismo. Diversos líderes dessa corrente – Edir Macedo, fundador da Igreja Universal; Romildo Soares, que deu origem à Igreja da Graça; e Miguel Ângelo, da Cristo Vive – são oriundos da Igreja de Nova Vida e foram seguidores de Roberto. Olhando agora em perspectiva, como o senhor avalia este legado? Acha que o bispo McAlister cometeu equívocos em sua trajetória ministerial?

Todos cometem equívocos. Mas qualquer pessoa com um mínimo de informações não estereotipadas e superficiais sobre o bispo Roberto sabe que não se pode atribuir as práticas neopentecostais negativas aos equívocos do meu pai. Veja que muitos ex-católicos fundaram seminários evangélicos conceituados, mas ninguém aponta o papa como pai desses seminários. Ora, do mesmo modo, é um equívoco apontar meu pai como ligado diretamente a esses movimentos. O fato de a Nova Vida ter sido o lugar onde esses líderes começaram sua jornada cristã não faz de meu pai seu mentor. Basta ler seus livros, como O encontro real, Dinheiro – Um assunto altamente espiritual e Bem-vindo ao Reino de Deus, entre outros, para perceber que, mais de trinta anos atrás, ele já denunciava como negativas as práticas que depois se tornariam tão conhecidas e associadas ao mundo neopentecostal.


Por que a Nova Vida dividiu-se em duas correntes?

Porque houve quem não concordasse com a direção que dei à denominação após a morte de meu pai. Houve ainda quem vislumbrasse outro para sucedê-lo como primaz. Eles estavam no seu direito de achar isso.

Isso não foi resultado da descentralização administrativa, já que cada igreja local recebeu autonomia?


Bem, vamos considerar que ajuntamento de facções não constitui união. Ao darmos independência, cada um pôde escolher pertencer ou não. A união tornou-se muito mais legítima, uma vez que passou a ser uma questão do coração e não de um nome em comum apenas. A Igreja Cristã Nova Vida é uma associação voluntária de igrejas independentes, que afirmam o bispo primaz como o seu pastor. Mas cada pastor opta livremente por seguir minha liderança, que é pastoral em palavra e exemplo. Os líderes que não desejam continuar a andar conosco estão perfeitamente livres para sair, sem perder pensão ou plano de saúde, nem tampouco a sua igreja. A minha atuação, assim como a do Colégio de Bispos, funciona como numa igreja local – só que os nossos membros são ministros ordenados. Nós velamos pelo bem estar de cada pastor, pela ética, pela harmonia doutrinária e pela transparência e a responsabilidade fiscal. Os que desejam andar conosco empenham sua palavra de viver dentro desses parâmetros, afirmados anualmente na assinatura da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida.


Uma reunificação das diferentes vertentes hoje faria sentido?

Isso não me parece plausível. Uma reunificação teria de passar pelas mesmas questões que nos separaram desde o início. Hoje existem muitas “Novas Vidas”, igrejas que saíram de nós e de algum modo mantêm o, digamos, sobrenome por se reportarem ao bispo Roberto como fundador. Não há planos para reunificá-las. Acho que seria como querer transformar o português, o espanhol e o francês novamente em latim. Muito tempo passou, doutrinas foram reavaliadas, posturas foram firmadas e cada linha de atuação acabou por se distanciar das outras. Embora tenhamos esse mesmo sobrenome, somos igrejas realmente diferentes.


As diferenças entre igrejas tradicionais e pentecostais já não têm a mesma diferença de outros tempos. É como se houvesse uma terceira via teológica, misturando as características dos dois grupos. O senhor acha isso bom ou ruim?


Para responder, é preciso analisar caso a caso. Há igrejas tradicionais que realizam cultos nos moldes neopentecostais. Não creio que isso seja benéfico. Pelo contrario, é um modus operandi esquizofrênico, pois nos cultos tradicionais essas pessoas abraçam as máximas da tradição, mas em determinados momentos abandonam essas máximas para desfrutar de métodos neopentecostais. Por outro lado, há pentecostais que estão se reavaliando. E, consequentemente, buscando trazer do passado práticas e noções bíblicas e benéficas que claramente foram perdidas durante a ruptura entre os tradicionais e os pentecostais, para não falar da ruptura que houve durante a Reforma Protestante. Concordo que houve uma mistura e creio que cada igreja seria muito bem servida pelos seus lideres se voltasse a valorizar suas próprias origens. Afinal, uma tradição não é uma prisão, e sim um lar.


O senhor diz em seu livro que se sente solitário no ministério. Quais os reflexos dessa solidão na vida de um ministro do Evangelho?

Essa solidão nos remete ao silêncio e a uma reavaliação constante de motivações. Ou vivemos perante a face de Deus intencionalmente ou buscamos nos outros a justificação de nosso ministério e nossa vida. O primeiro é um caminho difícil, mas necessário. O segundo é vaidade e correr atrás do vento.

Fonte: Cristianismo Hoje 
Fonte: Portal eu creio - hotmail