Dois meses após a morte do padre católico Roldão Gonçalves Nascimento, duas descobertas abalaram a comunidade de Patos de Minas, a 403 Km de Belo Horizonte: um filho até então desconhecido e uma herança acumulada de 5 milhões de reais.
A paternidade foi revelada pelo sobrinho do padre, em outubro do ano passado. O filho em questão é o vendedor de pão de queijo Fabrício Augusto Nascentes, 31 anos.
Em entrevista divulgada pelo site UOL, Fabrício disse que sua primeira reação foi brigar com a mãe por nunca responder quando ele questionava sobre seu pai, mas depois compreendeu.
“Ela me protegeu da verdade por ter medo de eu ser criticado e ignorado por outras pessoas. Ela já foi muito humilhada. Quando engravidou foi expulsa de casa”, disse.
A paternidade foi confirmada através de um teste de DNA com o sangue dos irmãos do padre Roldão.
Junto com a descoberta do pai, veio também a notícia que o padre havia acumulado uma fortuna avaliada em R$ 5 milhões, entre joias, uma fazenda, e outros bens.
A herança seria dividida entre dois irmãos vivos do religioso, e outros 37sobrinhos, filhos de outros 6 irmãos dele já falecidos.
Agora Nascentes deve correr contra o tempo para conseguir na justiça o reconhecimento de paternidade e o direito pela herança.
Até na última quarta-feira o processo corria em segredo de justiça, mas Nascentes decidiu torná-lo público porque uma das sobrinhas do padre, Evalda das Dores Gonçalves, inaugurou uma clínica de recuperação na fazenda, que está incluída no processo de herança.
“Fiquei indignado, porque o espaço não é dela”, disse.
No entanto, Evalda se defende dizendo ter direito a usar a fazenda por Roldão ter deixado um inventário doando a área para quem morava com ele, e ela só estaria dando continuidade a um sonho do próprio padre com a construção da clínica.
A defesa de Nascentes é que o inventário não é válido por não ter sido feito conforme determina a lei, e o documento já teria sido anulado.
Enquanto o novo candidato a herdeiro espera a tramitação judicial, ele deve se contentar com 8 mil euros e um carro concedido à ele pela família do padre, “filho é filho”, disse.
O processo ainda está em fase inicial e um novo exame de DNA, feito com o acompanhamento de um oficial, pode ser pedido. A ação ainda não tem previsão de conclusão.
Fonte: http://portugues.christianpost.com/
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