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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PadreStar Fábio de Melo

Com gritos de "lindo", choro e desmaio, show tem sermões em clima celestial

A sete horas do início do show, uma fila começou a se formar do lado de fora da maior casa de espetáculos de Pernambuco, o Chevrolet Hall. Na calçada, as fãs não eram tão jovens assim. Mulheres maduras eram maioria. A atração também não era nenhum ídolo da música pop. Todas queriam ver o padre-cantor Fábio de Melo.

O show de 29 de novembro, em Olinda, era parte da turnê do CD "Vida", que passou por 15 cidades do Brasil.

Os portões foram abertos às 18h30, quando a fila já se estendia por 300 m. Padre Fábio, que chegou meia hora antes do show, entrou pelos fundos, enquanto a dupla paraibana Francisco e Rosa Maria cantava para distrair a já ansiosa platéia de 10 mil pessoas.

No camarim, o artista concedeu entrevistas, tirou fotos e autografou CDs. Numa mesa, estavam à sua disposição salgadinhos, pão integral, frutas, sucos, bombons e bolo Pullman sabores laranja e chocolate.

Fábio de Melo entrou no palco às 21h15. Usava um blazer preto aberto, calça jeans e camisa branca. Bem penteado, sem maquiagem, foi recebido com gritos de "lindo". Ele sorriu e acenou para a multidão.

A fumaça e as luzes sobre ele ajudavam a criar um clima quase celestial. Nas músicas mais emotivas, como "Humano Demais" e "Filho do Céu", houve choro na platéia. Uma mulher desmaiou e foi socorrida.

Erguei os celulares
Entre uma e outra canção, o padre fez pequenos sermões. Som de piano ao fundo, contou histórias de união, perseverança e fé. Depois, pediu luz aos fiéis: a platéia ergueu os celulares com os displays acesos.

O repertório, quase todo formado por baladas, poderia ser chamado de romântico se não fosse religioso. Fábio de Melo parecia o Fábio Júnior. Além de cantar o hit "Pai", ele agradeceu os pernambucanos com um "obrigado, Recifêê".

Com pedidos de "mais um", padre Fábio cantou mais cinco. Atacou de forró equanto trenzinhos circularam entre as mesas. Saltitando no palco, o artista ainda pediu duas vezes à platéia: "Tira o pé do chão". O público, que pagou entre R$ 15 (meia-entrada) e R$ 600 (camarote), obedeceu.

A renda do show não foi divulgada. No local, foram vendidos CDs, livros e camisetas do religioso. E foi distribuída ao público a oração para a cura da depressão.

Fonte: Folha de S. Paulo, via Pavablog

Por Amenidades da Cristandade

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